1. |
propriedade privada
00:20
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2. |
aquecimento da massa
03:17
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pessoas que são de esquerda
que já são minoria
sei disso
mas elas dizem
"eu luto pela diminuição da desigualdade social"
isto é capitalismo
lutar pelo fim do capitalismo é lutar pelo fim das classes
e pelo fim da apropriação das coisas por alguns
ou
pela apropriação geral de todas as coisas
todas as coisas do mundo não devem ser mercadorias
todas as coisas do mundo devem ser de todos e de todas
e deve haver aqui um domínio direto das trabalhadoras do mundo
sobre a riqueza do mundo
revolucionária e revolucionário é quem não segue modelo
é quem vai inventar uma experiência que não tem pra copiar
porque quem tem pra copiar é conservador
vocês são escravos de um papel
sample: https://www.youtube.com/watch?v=9CS-vZt6bWM
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3. |
arrebatamento epistêmico
03:22
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“macumbeiro: definição de caráter brincante e político que subverte sentidos preconceituosos atribuídos de todos os lados ao termo repudiado e admite as impurezas, contradições e rasuras como fundantes de uma maneira encantada de encarar e ler o mundo no alargamento das gramáticas. o macumbeiro reconhece a plenitude da beleza, da sofisticação e da alteridade entre as gentes. a expressão ‘macumba’ vem muito provavelmente do quicongo kumba, ‘feiticeiro’. kumba também designa os encantadores das palavras, os poetas, os griôs, as jelis. macumba seria, então, a terra dos poetas do feitiço; os encantadores de corpos e palavras que podem fustigar e atazanar a razão intransigente e propor maneiras plurais de reexistência pela radicalidade do encanto, em meio às doenças geradas pela retidão castradora do mundo como experiência singular de morte.”
sample: https://www.youtube.com/watch?v=ciQLWs7xVCw
sample: https://www.youtube.com/watch?v=F-drrZF0JBQ
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4. |
foda
03:44
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a ideia do cafetão:
essa prostituta acha que o cara vai salvar... vai garantir a tal da estabilidade. quando a vida é turbulência por natureza; a vida se move cada vez que novas experiências do mundo, novos efeitos dos encontros dos nossos corpos nos obrigam a nos recriar, nos reconfigurar. então, enquanto dura esse pacto, o cafetão pode ser super do bem e de esquerda; ele pode dizer "eu vou dividir com você até um pouco do que eu tô ganhando, pra você ficar bem... te comprar umas roupinhas super legais, te colocar numa casinha legal e tal" mas a estrutura daquela relação se mantém.
quando é que a prostituta se livra do cafetão? quando ela descobre que por trás daquela máscara de absoluto controle sobre si e sobre o mundo, que garante tudo, tem uma miséria humana das mais terríveis, porque ela não tem nenhuma existência pra ele. ela só existe como objeto de abuso.
então, esta é a relação que o capital, o regime colonial-capitalista-racializante estabelece com os vivos. não só com os humanos; com a terra, com tudo. é um objeto de um abuso sobre o qual eu projeto representações que não tem existência nenhuma no meu corpo.
esse exemplo da prostituta é legal porque ela sai dessa dinâmica quando ela se dá conta que ela tá sufocada, que na verdade ela não tem existência nenhuma pra ele. então, o feitiço que ele exerceu sobre ela de sedução se desmancha. desmanchou o feitiço, não tem como voltar a se sentir enfeitiçado. não tem volta.
sample: https://diplomatique.org.br/guilhotina-40-suely-rolnik/
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5. |
eterno agora
05:33
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eterno agora
às vezes voa
às vezes demora
sample: https://www.youtube.com/watch?v=0KndSvyBh7s
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6. |
águas revoltas
05:14
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e o homem branco só quer destruir
só pensa em recurso financeiro
só vender, destruir
não pensa naquela pessoa própria
ela pensa que tá destruindo outra coisa
mas ela tá destruindo a si própria
porque a mãe-terra também cobra
a floresta também cobra
quem olha pra dentro acorda
todo rei deve se enforcar
arrebatado em águas revoltas
sample: https://www.youtube.com/watch?v=Uf7DngCaqQU
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